O Parque Nacional das Emas está localizado no sudoeste de Goiás e abrange os municípios de Mineiros e Chapadão do Céu, além de uma pequena parte do território do Mato Grosso do Sul. É onde o Cerrado se apresenta mais forte, com campos limpos, campos sujos, veredas e matas ciliares, abrigando diversas espécies facilmente avistáveis em um safári de carro, bicicleta ou em trilhas.
Além da paisagem estonteante, uma das principais atividades do Parque Nacional das Emas é a observação de animais típicos do cerrado como tamanduá-bandeira, cachorro-do-mato, anta, lobo-guará, veados, tatu, etc. Além também da observação de aves, com espécies como emas, seriemas, gaviões, falcões, corujas, araras, papagaios e muito mais.
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Antes de continuar a leitura e descobrir o que fazer, onde ficar, como chegar e quando ir para o Parque Nacional das Emas, assista esse vídeo rapidinho que fiz por lá. Tem vários animais e paisagens incríveis desse cerrado brasileiro que eu tanto amo.
Conhecendo o Parque Nacional das Emas
Logo cedo saímos de Chapadão do Céu e pegamos a estrada para o Parque Nacional das Emas e demos início ao nosso dia de aventuras. A primeira parada é no Centro de Visitantes para pagar a entrada (18 reais – Agosto/2019) e ouvir uma pequena apresentação sobre o que pode e o que não pode ser feito dentro da área do parque.
É nesse local onde é possível contratar um guia para te levar nos principais locais do parque. Existem 4 opções de circuitos: trilhas a pé, trilhas de bike (eles alugam lá mesmo), de carro próprio ou no carro de safári do parque. Cada um tem um valor que pode ser obtido por telefone ou no site do parque. Os passeios com guia devem ser agendados com antecedência.
Se você pretende entrar de carro próprio no parque, saiba que a velocidade média permitida é abaixo de 40km/h, para a proteção das espécies. Qualquer acidente é punido com multa altíssima. Então todo cuidado é pouco.
COMO CHEGAR – O parque fica um pouco distante das capitais, então o interessante é alugar um carro no aeroporto mais próximo da sua chegada e partir para a cidade escolhida como base. Leia no Trilhas e Aventuras uma matéria completa ensinando como chegar no Parque Nacional das Emas.
O que fazer no Parque Nacional das Emas
A área do parque possui mais de 350 km de trilhas, sendo que algumas delas são auto-guiadas e outras só tem acesso com agendamento na presença de guias credenciados. Tem muito o que fazer no Parque Nacional das Emas. São várias opções de passeios, dentre eles:
Safári de carro – Com duração de até 8 horas e capacidade máxima para 20 pessoas, o carro safári é um passeio completo pelo Parque. Sempre que o carro safári for locado, haverá um guia acompanhando. Durante o passeio, é interessante descer do carro e andar a pé para observar os bichos de grande ou pequeno portes, os cupinzeiros espalhados por todo o parque, bem como inúmeras espécies de flores.
Passeio de bote – Com duração de aproximadamente 2 horas, o passeio pode ser feito com ou sem flutuação e com equipamento de mergulho. O visitante vai descendo de bote no Rio Formoso e pode mergulhar em pontos onde o instrutor do bote orientar.
Boia Cross – Com duração de aproximadamente 40 minutos, o passeio é feito em um trecho do rio Formoso com maior intensidade de corredeiras.
Ciclismo – Pode ser feito com a própria bicicleta, ou alugar alguma disponível nos portões do Bandeira e Jacuba. É preciso fazer a reserva com antecedência, pois o parque não tem muitas bikes.
Onde ficar perto do Parque Nacional das Emas
Dormimos no Hotel Pousada Villa do Cerrado na cidade de Chapadão do Céu, que conta com alguma infraestrutura de boas pousadas e restaurantes. Achei a pousada muito boa mesmo, com quartos grandes, camas confortáveis, banheiros espaçosos, excelente café da manhã, piscina, estacionamento coberto, Wi-Fi grátis e localização privilegiada próxima a entrada de Mineiros do Parque Nacional das Emas.
Quando visitar o Parque Nacional das Emas
O período de seca vai de junho a setembro, e entre dezembro e março as chuvas são mais frequentes. A partir de setembro é comum a queda de raios na região do parque, muitas vezes causando incêndios, que às vezes se dissipam com a própria chuva.
O parque ainda sofre com queimadas, mas possui um plano de manejo interessante, com quadrantes e aceiros de 25 a 100 metros que impedem do fogo se espalhar. Vale lembrar que o Cerrado precisa do fogo para se renovar, mas não de forma criminosa. Em alguns lugares, certos focos são espontâneos, inclusive causados por raios.
Além disso, dois grandes rios passam por lá, o Taquari e o Araguaia, além do rio Formoso e o rio Jacuba, que funcionam como barreiras naturais e oferecem momentos de refresco e atividades de flutuação para os turistas. Evite a época de chuvas e raios.
BIOLUMINESCÊNCIA – O período de maior visitação do parque ocorre entre os meses de outubro e novembro. É quando turistas do mundo inteiro acompanham o fenômeno natural da bioluminescência no Parque Nacional das Emas, quando os ovos dos vagalumes depositados nos cupinzeiros eclodem e as larvas, em busca de alimento, se iluminam ao anoitecer para atrair outros insetos.
Cada cupinzeiro iluminado lembra uma árvore de Natal ou um prédio com as luzes acesas. Imagine isso em milhares de cupinzeiros espalhados pelo cerrado. É um show!
O Parque Nacional das Emas é um santuário de vida silvestre no coração do cerrado goiano e devido sua importância para a biosfera foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Natural Mundial.
Para quem gosta de animais, como eu, o Parque Nacional das Emas oferece um lindo safári fotográfico digno das savanas africanas, só que no coração do cerrado brasileiro. Veja alguns animais que vi por lá durante essa viagem, além de todos os outros que já mostrei nas fotos acima.
Minha passagem pelo Parque Nacional das Emas foi durante a cobertura do Rally dos Sertões (Ago/2019) que fiz a convite do Ministério do Turismo, junto com a equipe da Gaia Expedições.
A novidade esse ano é que qualquer um pode se juntar a expedição e acompanhar o comboio. Assim se você viver a experiência do rally e ao mesmo tempo conhecer destinos incríveis e ainda pouco explorados turisticamente. Eu adorei a ideia!
Ahhh, e olha só essa grata surpresa que tivemos passando a noite pelas estradas do parque. É possível ver a Via Láctea brilhando no céu a olho nu. É lógico que tivemos que parar o carro para fazer umas fotos.
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Opa Maurício, sensacional o post! Completo e objetivo, coisa rara hoje em dia, parabéns!
Sou fotógrafo e estou com o objetivo de fotografar lobo guará na natureza, e durante as pesquisas acabei chegando até seu blog (kkkkk), li bastante sobre a possibilidade alta de avistamento de Guarás no parque nacional e ai surgiu uma dúvida, que espero poder me responder ou ajudar um pouco: é possível eu realizar a locação de um 4×4 e ficar, sozinho, dirigindo pelo parque em busca dos animais ou para todas as atividades são necessárias contratações de guias e/ou passeios com agências?
Muito obrigado
Oi Fernando, eu tive essa mesma dúvida na época. Não é possível entrar sozinho. O parque tem portarias e só entra com guia acompanhando. Talvez no seu caso seja possível conversar com eles e ver uma forma alternativa de conseguir uma autorização especial. Mas acho difícil de conseguir. Vale tentar, hehehe. Depois me mande as fotos pra eu ver, hehehe, ou compartilhe aqui seu Instagram. 😉